... quem se pode arranjar...

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Os GMs

sábado, 21 de maio de 2011


SENEGAL

6º dia 

Pequeno almoço, abastecimento de pão para almoço piquenique e saída de Nouakchott, bem depois da hora marcada, pelo trânsito caótico.

Vamos ter 540 kms que incluem alcatrão, pistas do parque nacional Diawling, alcatrão e pista para o Hotel do parque natural do Djouje

A saída da Mauritânia é quase tão dispendiosa quanto os vistos de entrada. Países que pouco têm para explorar aproveitam o turismo para criar receita.

Assim e como sempre, para sair para o Senegal

- pode passar por Rosso numa barcaça com sujeição a quanto lhe queiram cobrar e ao risco de ser barrado pela polícia por uma qualquer infracção inventada ou

a nossa habitual opção

- atravessar o Parque Natural de Diawling desfrutando da pista de grandes crateras intercalada de zonas caneladas onde as viaturas quase se desintegram e pagar € 10 por pessoa


chegar  à fronteira de Djama e  pagar:

€ 10 por pessoa pelo carimbo no Passaporte – ao reclamar foi-nos dito que estávamos pagando horas extra por se tratar de fim de semana islâmico (!)

pagar € 10 por viatura na alfândega

pagar €5 por viatura para a Comuna – faz anos que um velho muçulmano tisnado do sol é o cobrador exigente e autoritário


pagar € 10 de portagem por viatura na ponte levadiça que tem cerca de 40 a 50 metros

Pela primeira vez ninguém reclamou a passagem da ponte porque beneficiaram do espectáculo de ver a ponte levantar e dar passagem mesmo mesmo à medida, a um barco de turismo.






Parque Diawling




Saída para o Parque indicada pelo GPS de uma das viaturas. Não a saída normalmente utilizada e foi fácil percebe-lo identificando-se o canal ao lado direito da pista quando, noutras passagens, o canal se situou sempre do lado esquerdo.

Pista muito difícil até se acertar o rumo mas não melhorando significativamente. Ora no ondulado e buracos no cimo da barreira premonitora da futura estrada ora descendo abruptamente para os restos de pista húmida.

Cruzamo-nos com aves, bois, Phacochoerus aethiopucus 




(Científico, aqueles animaizinhos a que chamávamos javalis JJ) e toda uma variedade de animais habitantes do parque assim deixamos para trás a Mauritânia com formalidades cumpridas rapidamente.








VENCIDA A Fronteira de Djama (Senegal)



No Senegal há uma Lei que proíbe a entrada e permanência de viaturas com mais de cinco anos no território. Fomos informados que a proibição tem a ver com questões ambientais – num país onde predominam as lixeiras e o lixo espalhado indiscriminadamente nas estradas e povoações.


Todavia não pode ser interdita a travessia do território Senegalês. Nas fronteiras é emitido um salvo-conduto (Pass-Avant) com o custo nominal de FS 2.500 <> € 4, válido por 24 horas. É normalmente imposta uma escolta de acompanhamento da caravana entre as duas fronteiras (Djama e Mpack)


O Chefe do Posto de Djama está substituído pelo seu assessor – o nosso ‘amigo’ Maulaye que segue exactamente as mesmas políticas do chefe mas que ainda se tornou mais difícil de negociar. Com tranquilidade e persistência conseguiu-se

. evitar a escolta

. pagar )SÒ) os já habituais € 50 por viatura

. 3 dias de permanência no território Senegalês.

e ainda a companhia de Maulaye até ao Hotel do Parque de Djoudje onde a expedição iria repousar um dia completo, visitar e fotografar o parque natural satisfazendo o desejo dos participantes


Foi conseguido sempre negociar-se a travessia do Senegal sem escolta e por um período mais alargado; consequentemente ‘comprando’ essa autorização.

Saímos da zona de fronteira para pararmos 5kms. mais à frente antes do cruzamento de Bango/Saint Louis do Senegal porque era hora do nosso pique-nique e iríamos esperar o jipe do Maulaye





 que, saindo de serviço, nos acompanharia ao Parque e ao Hotel evitando-nos as conhecidas habilidades policiais (acredita-se ter ficado bem mais barato contribuir para o gasóleo que as eventuais multas que não deixamos de ter de suportar no dia em que





7º dia Senegal - Parque do Djoudje



Coordenadas e informações totalmente falsas, oriundas da mesma fonte das anteriores, fizeram-nos circular longos quilómetros em pista canelada, ultrapassar Saint-Louis, chegar a outro parque e hotel que não eram os da nossa rota, para de seguida voltarmos pelo mesmo caminho até encontrarmos o destino certo (16º30’N 15º49W).

«- PN Djoudj: Hotel du Djoudj - www.hotel-djoudj.com


 



Anexo track Hotel de la Post / PN Djoudj (depois da fronteira de Diama, qd chegarem à estrada q se vira à dtª para St. Louis, viram logo à esquerda e seguem o track.Não necessitam de ir ao Hotel)»


Houve que prestar assistência à viatura do Maulaye cujo escape se soltou com a vibração da pista.
Finalmente chegados ao Hotel do Djoudje com reservas antecipadamente feitas, tempo para um banho na piscina, jantar e animada cavaqueira. Uns dormiram cedo, outros cederam ao chamamento do cyberespaço. Uma companheira, a quem chamarei ‘bela abetarda’ com a ML, procuraram lúgubres raposas voadoras (vulgo morcegos) numa construção abandonada.





Um dia de descanso

Ficou acertado o aluguer de uma lancha que levará o grupo a percorrer a ria (afluente do delta do rio Senegal) que banha o parque, para observar e fotografar o magnífico sol africano, os bandos de flamingos cor de rosa, pelicanos, bandos de pássaros coloridos e ruidosos, crocodilos (pequenitos mas… eram crocodilos) a luxuriante vegetação – depois de 3 dias de deserto!

Se quisermos incluir nas nossas Missões – uma maneira diferente de fazer férias – podemos considerar este dia como «férias bem merecidas».

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